Veja abaixo algumas Reportagens, Criticas, Resenhas & Recortes.
(...) A obra-prima da carreira de Taiguara pertence a uma época distante, na qual inexistia a ridícula divisão entre música instrumental e vocal, que ajudou a colocar nossos músicos num gueto sem saída, cultivando o ódio aos canários, numa falsa presunção de que toda música instrumental é de alta qualidade e toda música vocal, inferior. "Imyra, Tayra, Ipy, Taiguara" tem faixas cantadas, outras instrumentais. Mas todas sensacionais, transbordando criatividade, fruto de uma união de talentos poucas vezes vista em produções da MPB. Entre os mais de 80 participantes estão alguns dos nossos maiores músicos (...)
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(...) há ainda um outro Taiguara, para a qual me chamava a atenção o amigo Henrique Koifman: o experimentador instrumental. Este estudou regência a fundo, inclusive fora do Brasil. Desta faceta, o melhor exemplo em disco é "Imyra, tayra, ipy, Taiguara", seu nono e antepenúltimo LP, lançado em 1976, pela EMI – mas nunca relançado em CD.(...)O cantor e Hermeto Paschoal o conceberam como um caleidoscópio sonoro de 14 faixas interligadas, a traçar um perfil musical do Brasil e do próprio Taiguara.(...)
(...) Taiguara, com o auxílio de Hermeto e Wagner Tiso (regente e produtor do disco), criou um filho único na MPB. Uma obra brilhante e intrincada, diretamente conectada com o momento na história brasileira. (...)
(...)Aproveito para gritar: cartolas da Odeon relancem logo os discos de Taiguara, pois as novas gerações não podem ficar alheias a eles. Precisam conhecê-los para saber que no Brasil já houve quem fizesse bonito (...) No Imyra há letras e melodias absolutamente fantásticas. Pra começar, abre com Pianice, uma “pecinha sinfônica” em que o autor usa o seu piano amestrado e segue lírico em Delírio Transatlântico e Chegada no Rio, passando pela saudade que morria do Brasil no exterior contida no lamento Terra das Palmeiras, inspirado no poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias (...)
(...) O disco era um relato das mais recentes experiências do cantor - que havia buscado suas raízes ao relacionar-se com tribos indígenas e se aprofundara nos estudos de música. O disco ia além da sonoridade pop dos primeiros álbuns, ao incluir efeitos de gravação, camadas de experimentalismo, progressivices e toques de música latino-americana. A produção foi caprichada - o time que foi para o estúdio em Imyra, Tayra... incluía cerca de 80 músicos, que iam desde Wagner Tiso (que produziu e tocou no LP) até Hermeto Paschoal, que fez alguns arranjos e contribuiu para o clima experimental do álbum (...))
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